segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Chico Lopes aponta chances reais de novo mínimo superar R$ 540

"Acreditamos na possibilidade de conquistar um melhor reajuste do salário mínimo, com valor acima de R$ 540,00, e estamos lutando para isso". A afirmação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), que avalia como positivas as chances de o novo mínimo ir além do valor inicialmente definido pela equipe econômica do Governo Federal.
Para Lopes, o debate político no Congresso Nacional pode ajudar a conquistar um reajuste superior, beneficiando trabalhadores e aposentados de todo o Brasil "É possível convencer o governo de que o valor deve ser maior do que os R$540,00 propostos", ressalta Lopes, levantando a possibilidade de um valor intermediário, entre o pretendido pelo governo e os R$580,00 defendidos pelas centrais sindicais Segundo Chico Lopes, o debate sobre o salário mínimo já está contaminado pela disputa política em torno da presidência da Câmara dos Deputados e da nomeação do segundo escalão do Governo Federal.
Mas, na opinião dele, isso vai ajudar na correlação de forças entre os deputados que querem aumentar o valor do salário mínimo e o governo, que já acena com a reabertura das negociações depois do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter prometido vetar qualquer valor superior a R$ 540,00 para o novo mínimo. Lopes enfatiza que o salário mínimo, durante o Governo Lula, se tornou uma importante ferramenta de distribuição de renda e estímulo ao desenvolvimento econômico do País.
"A economia encontrou justamente no mercado interno, com a ajuda dos aumentos reais do salário mínimo, o motor para não cair nas dificuldades que abalaram outros países, durante a crise econômica internacional", aponta. "O Brasil vive dias de otimismo e tem uma máquina pública saneada, em condições de absorver um reajuste maior para o salário mínimo", defende.
"O mercado também será favorecido, com o valor ajudando a movimentar a economia. E o saldo positivo fica para os trabalhadores e aposentados, que ganharão melhores condições e mais qualidade de vida".

Participação sindical
Lopes critica o fato de as centrais sindicais não terem participado do debate sobre o valor do salário mínimo aprovado no Orçamento da União, como vinha acontecendo nos anos anteriores.
“Eu acredito que a discussão do salário mínimo deve ser reaberta, até porque a relatora (senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) não conseguiu convencer os membros da Comissão de Orçamento do parecer dela que aprovou os R$540,00”, afirma, enfatizando que “as centrais sindicais, que sempre participaram da discussão, não discutiram”.
Ele diz ainda que embora defendesse, junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o salário mínimo de R$580,00, sabia que haveria chances de não ser nem R$540,00 e nem R$580,00. “Eu defendo um aumento de conciliação”, diz, fazendo referência ao valor de R$550,00, que surgiu no debate dos últimos dias. "É importante a mobilização de toda a sociedade neste momento, para buscarmos o melhor para o povo e o País".

Fonte: www.vermelho.org.br

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