segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Projeto para combater práticas antissindicais


As seis maiores centrais sindicais do país (CUT, CGTB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT) estão construindo conjuntamente uma proposta de anteprojeto de lei para coibir as práticas antissindicais no Brasil.
A proposta vem sendo discutida em reuniões com representantes das centrais a fim de estabelecer um texto que garanta a liberdade e o pleno exercício da atividade sindical e que coíba as manobras antissindicais praticadas pelas empresas, pelos sindicatos patronais e pelo poder público.
O anteprojeto visa impedir, por exemplo, que os bancos usem o interdito proibitório- um instrumento da Justiça Cível, que trata do direito e de proteção à propriedade privada- para proibir que os funcionários façam manifestações em frente ás agências e piquetes na greve. (Seeb/BA)

FGTS poderá quitar dívidas


Uma medida que pode ser muito boa para o trabalhador sufocado em dívidas, mas que exige vigilância em relação à costumeira ganância dos bancos. Está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei que permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a quitação de débitos ou amortização de dívidas adquiridas pelo trabalhador.
O projeto propõe a liberação do resgate de até 40% do saldo de FGTS, para o trabalhador que tenha seu nome “sujo” junto ao cadastro negativo de crédito, há pelo menos seis meses e esteja com 30% da sua renda bruta comprometida com empréstimos. Os recursos depois de liberados serão transferidos diretamente aos credores, garantindo assim a finalidade prevista e o impedimento de desvios.
O Idec (instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) é contra o projeto, alegando que o fundo é do trabalhador e não deve ser usado para pagamento de valores impostos pelo banco com aplicação de altos juros. Já a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) é favorável, mas destaca a necessidade da intervenção do governo para evitar juros abusivos ao trabalhador.
Atualmente o FGTS pode ser utilizado na compra de moradia, em situação de doença grave ou desastres naturais, aposentadoria e demissão por justa causa. O texto do projeto de lei ainda terá que ser analisado pelas comissões de Trabalho, Finanças e de Constituição e Justiça da Câmara, podendo ser alterado antes de seguir para o Senado.

Fonte: O Bancário

Carnaval 2011: Sintratec participará da Lavagem do Beco do Fuxico



Desde que prefeitos ligados ao DEM (Fernando Gomes e atualmente Capitão Azevedo) foram eleitos, a nossa cidade perdeu o brilho de uma das maiores festas do interior da Bahia: o Carnaval Antecipado de Itabuna. A festa momesca antecipada daqui atraía milhares de turistas, visitantes, girava a nossa tão combalida economia e já estava no calendário das festividades populares da Bahia.
Desde o ano de 2005, os blocos alternativos Mendigos de Gravata (Sindicato dos Bancários), Hora Extra (Comerciários), Maria Rosa e Casados I.responsáveis, entre outras agremiações populares, vêm resistindo à falta de planejamento do poder público em realizar o carnaval antecipado, realizando a Lavagem do Beco do Fuxico, com muita animação e alegria, proporcionando aos foliões itabunenses uma grande festa de resgate das marchinhas, afoxé, samba e axé music.
Este ano o Sintratec estará participando da Lavagem do Beco do Fuxico que será realizada no sábado, dia 19 de fevereiro, a partir das 14 horas, na Rua Duque de Caxias e no Calçadão da Rui Barbosa.
Aguardem maiores informações aqui!

MALWEE está controlando até as necessidades fisiológicas dos trabalhadores


O Sintratec recebeu várias denuncias dando conta de que a chefia da Malwee em Camacan está controlando as necessidades fisiologicas dos trabalhadores. Os operários e operárias não podem ir ao banheiro que são logo reprimidos pelos superiores.
O sindicato repudia esta atitude que demonstra total desrespeito contra os funcionários. Além disso, fica claro qual objetivo da Malwee, que é sugar ao máximo a produtividade dos trabalhadores não importando suas necessidades, o que poderá acarretar doenças na categoria.
"Informaremos mais este abuso da fábrica ao Ministério Público do Trabalho, pois é inadmissível medidas como esta que pode ser configurada como assédio moral", afirma Jéser Cardoso, presidente do Sintratec.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Salário Mínimo: CTB rechaça declarações de Guido Mantega


A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – vem a público manifestar sua discordância e estranheza com as posições conservadoras adotadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, contra os trabalhadores brasileiros.
O ministro Mantega, desde o início do governo Dilma, tem liderado a tropa de choque que luta contra o aumento real do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda da pessoa física (IR).
O movimento sindical brasileiro, representado pelas centrais sindicais, tem insistido em procurar o governo federal em busca de uma solução negociada que preserve a política permanente de valorização do salário mínimo, reconhecido instrumento de distribuição de renda.
Qualquer guarda-livros de plantão sabe que o aumento real de salários precisa ser acompanhado do reajuste da tabela do imposto de renda, sem o qual o aumento conquistado é subtraído pela gula do leão da Receita Federal.
Armados dessa compreensão, a CTB e as outras centrais sindicais brasileiras se batem para que a tabela do imposto de renda tenha, no mínimo, seus valores corrigidos pela inflação do último ano.
A própria presidenta Dilma, em entrevista, admite corrigir a tabela pelo percentual do chamado núcleo da meta de inflação futura (4,5%), obedecendo a um questionável critério imposto pelo Banco Central.
O ministro Guido Mantega, mais realista do que o rei, ao se posicionar contra a correção da tabela do IR, provoca – com suas lamentáveis e levianas entrevistas – dificuldades desnecessárias para o bom andamento das negociações em curso com o governo.
Por isso a CTB, ao mesmo tempo em que rechaça firmemente as declarações do ministro da Fazenda, conclama o governo a avançar nas negociações com as centrais sindicais e a, entre outros pontos, construir uma saída positiva para a nova tabela do IR, garantindo, assim, a manutenção dos ganhos salariais do último período.

São Paulo, 28 de janeiro de 2011
Wagner Gomes
Presidente Nacional da CTB

Acidente grave na Malwee


Três trabalhadores da Malwee se acidentaram na fábrica em Camacan quando manuseavam um produto químico. O acidente aconteceu na semana passada e segundo informações dos colegas o recipiente que armazenava o produto estourou respingado nos olhos e corpos dos operários.
O Sintratec enviou denuncia ao Ministério Público do Trabalho para que haja uma investigação da ocorrência e fiscalização sobre o meio ambiente de trabalho na fábrica.

Campanha Salarial 2011: SINTRATEC realizou manifestação na Malwee




No último dia 29 de janeiro, a diretoria do Sintratec realizou uma manifestação na porta da empresa Confecções Camacan Ltda. – Malwee, em protesto pela péssima proposta apresentada pela empresa em reunião de negociação.
O aumento dos salários oferecido é uma afronta aos trabalhadores e a proposta patronal não contém nenhum avanço social e ainda pretende retirar direito dos trabalhadores com a redução do horário de alimentação e descanso de uma hora para trinta minutos.
A empresa apresenta a proposta de redução do intervalo intrajornada para garantir o não trabalho aos sábados.
A direção do SINTRATEC defende o não trabalho aos sábados, mas não concorda que seja pela redução de direitos.
Quando se instalou em Camacan há 06 anos,a fábrica recebeu isenções de impostos e o galpão foi construído pelo governo, porém mesmo com essas benesses do poder público, até hoje paga um salário inferior aos que pagam no sul do país. Além disso, essa proposta de aumento da carga horária vai de encontro a discussão no Congresso Nacional sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais . A redução da jornada de trabalho é muito importante para a diminuição das doenças ocupacionais, afirma Jeser Cardoso – presidente do Sindicato.

Fotos da mobilização dos operários e operárias da Malwee



Salário mínimo: o outro lado da moeda


Escrito por Wagner Gomes

O governo da presidente Dilma Rousseff convive em seus primeiros dias com duas “verdades” que soam como absolutas, embora uma delas esteja muito distante dessa definição. A primeira mostra que é preciso cortar os gastos públicos, como forma de se conter a inflação e colocar as contas do governo federal nos eixos; a outra evoca o fato de que a política de valorização do salário mínimo foi uma das responsáveis pelo bom momento econômico vivido pelo Brasil, a despeito da crise internacional que ainda assombra diversos países.
Diante de tais “dogmas”, como deveria agir o governo recém-instalado no Palácio do Planalto para definir o valor do salário mínimo para 2011? Por que interromper a política iniciada durante o governo Lula? Por que a falta de diálogo com a classe trabalhadora em torno dessa questão?
A imprensa vem noticiando nos últimos dias que as centrais sindicais têm sido muito duras com o novo governo, mas não é esse o ponto crucial do debate. O fato é que a proposta de reajuste para R$ 545,00 está na contramão daquilo que foi colocado em prática – com sucesso – nos últimos anos. É frustrante acompanhar o ressurgimento da tese de que os salários deterioram as contas públicas, especialmente porque esse ideário não fez parte do programa com o qual a presidente Dilma foi eleita – ao contrário, fazia parte do discurso da oposição.
Estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) demonstram que 47 milhões de pessoas são diretamente beneficiadas pelo aumento do salário mínimo. É nesse universo que está um dos principais pilares de sustentação do crescimento da economia brasileira, responsável pelas excelentes perspectivas para o curto, médio e longo prazos do país.
Setores do governo argumentam que o reajuste para R$ 545,00 corresponde ao valor acordado com as centrais sindicais, a partir da fórmula que utiliza a variação do Produto Interno Bruto e a inflação anual. Esse é um viés bastante discutível, pois não é essa a expectativa criada por um governo comprometido com o desenvolvimento do país. O PIB negativo de 2009 foi um ponto fora da curva, que não pode servir de pretexto para interromper o ciclo de crescimento real dos salários.
Essa discussão não pode ser encerrada por meio de uma Medida Provisória, conforme demonstra a equipe econômica do novo governo. É preciso mais diálogo com a sociedade e com os movimentos sociais em geral. Se as centrais sindicais hoje pressionam por um reajuste maior do salário mínimo, isso é mero reflexo do que anseia a classe trabalhadora do país, setor que apoiou em massa a continuidade do projeto iniciado pelo presidente Lula e viu em Dilma Rousseff a líder ideal para conduzir o Brasil a um novo patamar de desenvolvimento.

Wagner Gomes é presidente nacional da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Bancários conquistam acordo inédito de combate ao assédio moral


A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro) e sindicatos de bancários de todo o país assinaram no dia 26 de janeiro um acordo que estabelece, pela primeira vez na história das relações de trabalho no Brasil, mecanismos de prevenção e combate ao assédio moral dentro dos bancos.
Conquista da campanha nacional da categoria do ano passado, o acordo define um canal específico para apurar as denúncias de assédio moral dos bancários, que poderão ser encaminhadas pelos sindicatos aos bancos.
"É um orgulho para nós estarmos aqui para assinar esse acordo histórico, resultado de muitos anos de luta da categoria. Temos a esperança de que ele possa melhorar o ambiente de trabalho e valorizar a qualidade de vida dos bancários", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf, no ato de assinatura do documento, realizado na sede da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), em São Paulo.
Carlos Cordeiro lembrou no evento que o assédio moral, resultado das metas abusivas, foi apontado por mais de 80% dos bancários como o problema mais grave nos locais de trabalho, em pesquisa nacional realizada pela Contraf no ano passado.
O acordo, que tem o nome de Protocolo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, foi assinado com nove bancos: Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC, Citibank, Caixa Econômica Federal, Votorantim, Safra e BIC Banco. Já o Banco do Brasil (assim como a Caixa) instalou comitês de ética no ano passado, após negociações específicas com as entidades sindicais em 2009, com igual finalidade de apuração das denúncias de assédio moral nas instituições. Com essas assinaturas, mais de 90% dos trabalhadores bancários passam a ter um canal para denunciar situações que considerem como assédio moral.

O que diz o acordo

No acordo, os bancos comprometem-se a declarar explicitamente condenação a qualquer ato de assédio e reconhecem que o objetivo é alcançar a valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe, em um ambiente saudável.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) deverá fazer uma avaliação semestral do programa, com a apresentação de dados estatísticos setoriais, devendo ser criados indicadores que avaliem seu desempenho.
Os bancários poderão fazer denúncias nos sindicatos. O denunciante deverá se identificar para que a entidade possa dar o devido retorno ao trabalhador. O sigilo será mantido junto ao banco e o sindicato terá prazo de dez dias úteis para apresentar a denúncia ao banco. Após receber a denúncia, o banco terá 60 dias corridos para apurar o caso e prestar esclarecimentos ao sindicato.
As denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuarão sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Governo e centrais iniciam negociações com poucos avanços


O Governo Dilma vai manter relação com as centrais sindicais no mesmo patamar do Governo Lula. Também vai manter a política de valorização do salário mínimo até 2015. Mas não aceita a proposta das centrais sindicais de tratar “com excepcionalidade” o reajuste do salário mínimo em 2011 e estabelecer em R$580,00 o valor para janeiro deste ano. Nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (2).

Esse foi o resultado da primeira reunião de negociação ocorrida nesta quarta-feira (26) entre representantes do governo e das centrais sindicais. Os sindicalistas não demonstraram decepção com a posição do governo em dizer que não pode alterar o valor do salário mínimo de R$545,00 anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, disse que “ninguém de nós estávamos esperando que resolvesse tudo hoje. Não viemos com essa expectativa. O governo abriu negociação e garantiu que nenhuma questão com relação a trabalho será resolvida sem ouvir as centrais, inclusive a desoneração da folha de pagamento, uma certeza que tínhamos no Governo Lula e que teremos no Governo Dilma.”
Os sindicalistas também destacaram como ponto positivo da reunião terem afastado a ideia de trocar o valor do mínimo pela correção da tabela do Imposto de Renda. Wagner Gomes, presidente da CTB, disse que “não há vinculação nenhuma entre salário mínimo e correção da tabela do Imposto de Renda.”

Começam agora

A exemplo dos demais sindicalistas, Gomes destacou que “as negociações começam agora.” Na próxima reunião, que será conduzida novamente pelos ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; do Trabalho, Carlos Lupi e pelo o secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, será discutido o valor do salário mínimo.
As centrais defendem mínimo de R$580,00, aumento de 10% para aposentados e reajuste de 6,5% da tabela do IR.
“Estão abertas as negociações das três propostas que propusemos – salário mínimo, correção da tabela do Imposto de Renda e reajuste dos aposentados”, resumiu Paulo Pereira da Silva.
O governo oferece um salário mínimo de R$545,00, de acordo com a política de reajuste do mínimo, que representa variação do PIB (Produto Interno Bruto) dos dois anos anteriores mais a inflação do ano anterior), 6,41% para aposentados que ganham acima do mínimo e reajuste de 6,46% da tabela do Imposto de Renda.

Gesto político


Wagner Gomes destacou ainda a proposta feita pelos sindicalistas de que a presidente Dilma, independente das negociações, receba as centrais sindicais. Ele considera isso “um gesto político importante.”
Para ele, é também importante o governo reconhecer que em 2009 houve uma questão excepcional na economia e que vários setores da indústria receberam ajuda do governo, em forma de incentivo fiscal.
O presidente da CUT, Artur Henrique, também destacou esse aspecto das negociações. “A posição das centrais é de manutenção da política, mas que o salário mínimo de 2011 deve receber um tratamento excepcional, em função da crise econômica”, enfatizou.

De Brasília,
Márcia Xavier

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Centrais e governo discutem o mínimo dia 26

Será na próxima quarta-feira (26/1), em Brasília, a primeira reunião entre os representantes das seis principais centrais sindicais no país e do governo Dilma Rousseff. Na pauta do encontro, o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda.
As centrais defendem que o mínimo passe para R$ 580, em 2011, ao invés dos R$ 545 anunciados pelo governo, além disso, cobram que a tabela do IR seja corrigida em 6,45%, para garantir as conquistas salariais de grande parte dos trabalhadores. O grupo pretende também negociar com deputados e senadores, para assegurar um reajuste maior para o salário mínimo.

A expectativa é de estabelecer com o atual governo um canal de negociação semelhante ao conquistado no governo do ex-presidente Lula. Foi a partir deste mecanismo, que se estabeleceu uma política de aumento permanente do mínimo, resultando na grande valorização do piso nos últimos anos.
Fonte: O Bancário

Fotos da assembléia da Malwee


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Metas inatingíveis e assédio moral na Trifil


No setor Scala na Trifil, os trabalhadores precisam apresentar de hora em hora a produção, se a mesma não for satisfatória o operário é chamado a melhorar seu desempenho, o que torna o ambiente de trabalho desconfortante e atribulado para os trabalhadores.
"A fábrica impõe um ritmo de trabalho alucinante, obrigando seus funcionários a produzir ao máximo para alcançar metas muitas vezes impossíveis de atingir. Esta situação degradante coloca os operários e operárias em risco de adoecerem devido as pressões impostas pela chefia e os esforços repetitivos que fazem", denuncia Jéser Cardoso, presidente do Sintratec.
O Sintratec estará informando ao Ministério Público do Trabalho essa situação, mas é importante que os trabalhadores também denunciem, através do disque denúncia do sindicato, pelo telefone 3212 4851 ou faça sua denúncia através de comentários em nosso blog na internet: www.operariosnarede.blogspot.com

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Campanha Salarial 2011: assembléia da Trifil



“Unidade para conquistar novos direitos”

Assembléia dos operários da Trifil

Acontece nos dias 03 e 04 de fevereiro, assembléia dos operários e operárias da fábrica da Trifil para apreciação da proposta patronal apresentada na última rodada de negociação.
A assembléia ocorrerá em frente à fábrica, em Itabuna, nos seguintes horários:
• Dia 03/01 às 21h30m;
• Dia 04/01 às 05h30m e 13h30m

Vamos discutir, avaliar e votar a proposta dos patrões tendo como parâmetro às nossas principais reivindicações descritas abaixo:
• Piso Salarial de 800,00 reais;
• Reajuste Salarial de 20,46%;
• Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais;
• Plano de Cargos e Salários;
• Ticket Alimentação;
• Auxilio Babá;
• Plano de Saúde;
• Licença Maternidade de 06 meses;
• Anuênio;
• Triênio.

Venha debater conosco. A sua participação é de fundamental importância para o êxito de nossa luta!
SINTRATEC – Sindicato dos Trabalhadores Têxteis e Calçadistas do Sul e Extremo Sul da Bahia
Filiado à CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil/Regional Sul da Bahia

Trabalhadores da Malwee rejeitam proposta patronal


Em assembléias realizadas no dia 20/01/2011 (quinta-feira) em dois horários 05:00 horas e 14:00 horas na porta da empresa em Camacan-Ba, os operários da fábrica disseram não a proposta patronal apresenta na reunião do dia 17/01/2011 na sede do Sintratec.
A empresa oferece um piso salarial de R$ 570,00 (quinhentos e setenta reais); reajuste salarial de 7% para os demais salários; abono de R$ 55,00 (cinqüenta e cinco reais) em parcela única; Auxilio Funeral de 02 salários mínimo nacional; Auxilio creche de R$ 40,00 (quarenta reais) em três meses após retorno da licença maternidade e redução do horário de refeição e descanso para 30 minutos.
As propostas da empresa não contemplam as necessidades dos operários e operárias têxteis, pois, os percentuais apresentados não repõe as perdas dos trabalhadores de acordo com a inflação acumulada em 2010.
"Os trabalhadores esperam melhorias na proposta de aumento salarial, já que o setor têxtil cresceu no ano anterior e as expectativas para 2011 são positivas segundo as próprias instituições patronais", argumenta Jeser Cardoso, presidente do Sintratec.

Negociação com a Malwee continua -

Buscando continuar valorizando as negociações salariais o Sintratec e a Malwee marcaram a próxima rodada de negociação para o dia 18/02/2011, às 15 horas na sede da entidade profissional.
"Esperamos que a empresa analise melhor as propostas para que possamos avançar nas negociações inclusive no que diz respeito a novos direitos para os trabalhadores", afirma Jeser

Indústria de calçados foi inaugurada em Porto Seguro


Com a perspectiva de gerar 150 empregos diretos a partir deste ano e produzir três mil pares de tênis ao dia, foi inaugurada em novembro de 2010, a fábrica de calçados da empresa Banor Indústria e Comércio de Calçados do Nordeste LTDA, no Bairro Paraguai, em Porto Seguro. A Banor produz tênis da grife Super Star, além de linhas infantis e femininas para o mercado nacional e internacional.
A chegada da fábrica foi comemorada pela sociedade de Porto Seguro. Segundo informações o município viabilizou todas as etapas de implantação da unidade industrial, conseguida com apoio do deputado Edson Pimenta (PCdoB).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sindserv garante pagamento dos salários de dezembro dos servidores do Hospital de Base de Itabuna



COMUNICADO À IMPRENSA

Sindserv conquista mais uma vitória para os servidores

Reunião hoje com o novo secretário municipal de Saúde garantiu para os servidores do Hospital de Base o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro de 2010
A luta incansável do Sindserv mobilizando a categoria na defesa intransigente de seus direitos tem surtido efeito para os servidores municipais. Durante todo o ano de 2010 a bandeira da mobilização e da unidade dos trabalhadores para garantir os salários e consolidar direitos foi levantada diversas vezes pela categoria em protestos, paralisações e até mesmo deflagração de greves em diversos setores da Prefeitura.
A batalha do Sindserv para garantir o pagamento de salário, que irresponsavelmente, por determinação da administração municipal tem atrasado constantemente, vem mobilizando os servidores e algumas vitórias são comemoradas, principalmente para os trabalhadores do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM).
Diversas vezes o sindicato tem instado a nova administração da Prefeitura na busca da solução para essa angustiante situação. Finalmente, em reunião hoje pela manhã com o novo secretário de Saúde, foi garantido o pagamento dos salários de todos os servidores que ganham até R$ 1.000,00 (um mil reais), o que na realidade é a grande maioria dos trabalhadores. Segundo o secretário, Geraldo Magela, a Prefeitura realizou um repasse de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) para o Hospital de Base, viabilizando o pagamento.
“Temos consciência de que lutamos contra gigantes, mas a determinação dos servidores mobilizados e organizados pelo Sindserv tem garantido vitórias importantes para toda categoria”, afirma Karla Lúcia, presidente do sindicato.
Segundo Karla, é lamentável que os trabalhadores da área de Saúde em Itabuna vêm sofrendo há muito tempo por conta de irresponsabilidades administrativas de seus gestores. Na Santa Casa até agora os funcionários não receberam os salários referentes ao mês de dezembro do ano passado. “Deixo aqui a solidariedade classista do Sindserv aos trabalhadores da Santa Casa”, finalizou.

SINDISERV – SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE ITABUNA
FILIADO À CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL - CTB

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Centrais fazem ato e prometem “acampar em Brasília” em fevereiro


As cores da democracia assumiram tonalidade de pressão social nesta terça-feira (18). As seis centrais sindicais realizaram um ato unificado em frente ao prédio da Justiça Federal em São Paulo. A diversidade de cores de camisas e bandeiras apenas reforçava a unidade das três reivindicações: salário mínimo de R$ 580; aumento real de salário para os aposentados e correção da tabela do Imposto de Renda.

Por Luana Bonone


Não foi por acaso que o ato de hoje foi realizado em frente à Justiça Federal. Na terça-feira passada (11), o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, havia dito que "se o governo não começar a negociar até segunda-feira, na terça-feira vamos entrar na Justiça com milhares de ações". Após a mobilização que reuniu cerca de mil pessoas, os presidentes das centrais protocolaram uma ação pela correção de 6,47% na tabela do Imposto de Renda (IR) que, defasada desde 1995, vem causando graves prejuízos financeiros aos trabalhadores.
O representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT) no ato, Candidé Pegado, explica que “salário não é renda... renda têm os empresários. Salário é para garantir alimentação, habitação e transporte para o trabalhador”.
As centrais pautam também a garantia de aumento real das aposentadorias. A bandeira é que o reajuste seja 80% do reajuste do salário mínimo. Quanto a este, as centrais não arredam o pé: tem que ser R$ 580. “Se não mudar o valor do salário mínimo, a partir de fevereiro nós vamos acampar em Brasília”, convoca o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes.

Reunião com Dilma

Para pressionar pelas pautas, as centrais reivindicam uma reunião com a presidente da República: “quem ajudou a eleger, ajuda a mobilizar para garantir os direitos dos trabalhadores” , lembra Wagner, que em seguida chama os percussionistas presentes à passeata a “esquentar os tamborins”, afinal, esta é apenas a primeira passeata do ano.
A Força Sindical também reclamou da dificuldade das centrais em conseguir uma conversa com o novo governo. “Se a presidente Dilma ficar ouvindo seus burocratas, terá muito trabalho com os trabalhadores”, alertou Paulinho, reafirmando que as centrais não aceitarão o reajuste de 6,45% para os aposentados nem a Medida Provisória que apresenta um salário mínimo de R$ 545, o que seria apenas a reposição da inflação, segundo o sindicalista.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, lembrou que “os únicos que estão saindo prejudicados com a crise são os trabalhadores”. O cutista argumenta que os empresários foram beneficiados com políticas de crédito e que a resposta que deve ser dada aos trabalhadores é a valorização do salário mínimo, com garantia de aumento real.
Quem concorda com esta linha de defesa é o Luiz Gonçalves, presidente estadual da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST): “cansamos de enfiar dinheiro nos cofres públicos para salvar a imprensa e os banqueiros”, bradou o líder da Nova Central.
Artur Henrique apresentou, ainda, o salário mínimo como o “principal instrumento” que o governo Dilma deve utilizar no combate à miséria.

Unidade dos trabalhadores

O consenso do êxito que a unidade das centrais representa foi sintetizado pelo presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antônio Neto: “essa unidade fez o salário mínimo ter 54% de aumento real, venceu o atraso nas últimas eleições, e vai fazer o Brasil crescer, se desenvolver com salário digno para todos os brasileiros”.
Neto ressaltou ainda, que a decisão da presidente Dilma não é econômica, mas política.
Wagner Gomes, que integrou a comissão que entrou no prédio da Justiça Federal para protocolar a ação judicial movida pelas centrais pela correção da tabela do Imposto de Renda, disse que se a presidente Dilma não receber as centrais até o dia 1º de fevereiro, para retomar a negociação sobre o valor do salário mínimo com as centrais sindicais, os trabalhadores recepcionarão a abertura do Congresso Nacional com uma grande mobilização e pretendem ficar acampados em Brasília até que as negociações obtenham êxito.
Este foi apenas o primeiro ato unificado das centrais em 2011. No fim-de-semana, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aprovou a bandeira de 10% do PIB para a Educação. Na segunda-feira (17), o presidente da UNE disse que os estudantes farão pressão pelas suas bandeiras, com mobilizações já marcadas para março. E o MST já iniciou ocupações de terras em São Paulo. O mês de janeiro tem sido agitado. E, pelo visto, 2011 promete.

De São Paulo, Luana Bonone

Que calor infernal



Os exaustores e ventiladores do setor Firsan estão quebrados causando o calor intenso, deixando o meio ambiente de trabalho insuportável.
O Sintratec exige a regularização dessa desumana situação imediatamente.
É preciso mais respeito com os trabalhadores.

Cadê o buzu?


Denúncias chegadas ao nosso sindicato dão conta de que o ônibus da Trifil da linha 23, que faz o transporte para a fábrica, não está fazendo mais o percurso de volta para as localidades onde os trabalhadores residem.
Essa situação tem deixado os outros ônibus lotados, o que está causando grandes desconfortos para os operários que já estão cansados da labuta e ainda têm que ir para casa numa verdadeira lata de sardinha. Um absurdo!
O sindicato exige que a empresa tome providencias para garantir a segurança e conforto de todos operários e operárias.

Saiba seu saldo do FGTS pela internet



Desde o dia 17 de janeiro que os trabalhadores já podem acompanhar pela internet a movimentação do seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). É livre a consulta ao saldo e aos depósitos efetuados pela empresa em que trabalha.
O serviço é oferecido pelo Instituto FGTS Fácil que garante o acesso aos dados do fundo pelo Sistema FGTS de Saldo Devido. As consultas devem ser feitas através do site www.fgtsfacil.org.br.

Programa da CTB



Ouça o Programa CTB no Ar: a voz dos trabalhadores do Sul da Bahia
Agora todo sábado – das 13 às 14 horas
Sintonize a Rádio Nacional

Centro de Informática do SINTRATEC


O Centro de Informática do Sintratec está em pleno funcionamento de segunda a sábado para atender os operários.
O associado pode utilizar os serviços de curso básico de informática, acesso a internet, principalmente para acessar nosso blog (www.operariosnarede.blogspot.com) e obter informações sobre direitos trabalhistas, entre outras notícias.
Faça já sua inscrição!

Governo Dilma anuncia salário mínimo de R$ 545 a partir de fevereiro


Apesar da mobilização das centrais sindicais, que defendem um salário mínimo de R$ 580, o governo insiste em um reajuste menor. Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o novo piso será de R$ 545, apenas R$ 5 a mais que o valor aprovado no orçamento da União, R$ 540.
O novo mínimo valerá a partir de fevereiro, mas só será pago em março.
O ministro anunciou ainda que, nos próximos dias, o governo enviará ao Congresso uma medida provisória para transformar em lei a fórmula de reajuste do salário mínimo acertada com as centrais sindicais. Essa política vai vigorar nos próximos quatro anos.

Setores calçadista e têxtil têm crescimento recorde


Nem a desvalorização cambial, nem a concorrência asiática, impediram a recuperação do setor calçadista brasileiro no ano passado: impulsionadas pelo aquecido mercado interno, as vendas de sapatos registraram em 2010 o melhor resultado da década, e contribuíram para a retomada do crescimento do ramo, segundo levantamento das associações que representam as indústrias e o varejo. Em 2010, em termos de valores, o setor contabilizou a venda de R$ 37,7 bilhões, contra R$ 33,5 bilhões em 2009 – avanço de 12,5%.
Já para o setor têxtil, segundo o Sinditêxtil (SP), se o PIB do Brasil alcançar entre 3% e 4%, estima-se que produção de têxteis em São Paulo crescerá 4% e a venda interna 5,5%. Já a importação será elevada para 22% (atingindo 249 mil t) e a exportação 4,8% (alcançando 71,7 mil t). Por fim, o faturamento pode alcançar US$ 15 bilhões. Apesar do forte aumento das importações e continuidade do déficit comercial, o aquecimento interno de 2011, embora menor que em 2010, poderá representar uma geração líquida de até 10 mil empregos.
Fontes: G1 e Sinditêxtil

O SINTRATEC reinicia a Campanha Salarial


Devido à paralisação das atividades das fábricas têxteis e calçadistas no mês de dezembro de 2010 (férias coletivas), o Sindicato teve de suspender a campanha, retomando as atividades no inicio deste mês com manifestações nas portas das empresas Trifil, Penalty (unidades de Itabuna e Itajuípe) e Malwee (Camacan) de 10 a 14 de janeiro.
Nas manifestações ocorridas, os diretores do Sintratec convocaram os trabalhadores para participar da luta por melhores salários e condições dignas de trabalho.
Para Jéser Cardoso, presidente do Sindicato, esta campanha salarial tem aspectos positivos para os trabalhadores, como por exemplo o crescimento econômico do pais que pode atingir índices próximo a 8%, além do crescimento do setor têxtil e calçadistas.
“Com esses números positivos para o setor, os patrões não tem como negar aumento real e melhorias nos benefícios dos trabalhadores”, afirma Jéser.

Reinício das negociações
Com o reinicio das negociações entre o SINTRATEC e o setor patronal, a diretoria da entidade estar marcando as assembléias para discutir com os trabalhadores as propostas oriundas das reuniões com o patronato.

Convocação: Todos os operários e operárias das fábricas Malwee, Trifil, Grendene e Penalty participar das assembléias para que juntos possamos decidir como ficarão nossos salários e direitos.

Juntos somos fortes!


Principais propostas da categoria:

• Piso Salarial de 800,00 reais;
• Reajuste Salarial de 20,46%;
• Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais;
• Plano de Cargos e Salários;
• Ticket Alimentação;
• Auxilio Babá;
• Plano de Saúde;
• Licença Maternidade de 06 meses;
• Anuênio;
• Triênio.

Malwee apresenta proposta Salarial

A representação da empresa Confecções Camacan Ltda. - Malwee apresentou a seguinte proposta na reuniao realizada no ultimo dia 17/01/2011, na sede do Sintratec.

Piso Salarial - 570,00 reais
Reajuste salarial para os demais salarios de 7%
Abono de R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais) em parcela unica
Estabilidade de 01 mes para as mães após a licença maternidade
Auxilio Creche/Babá de R$ 40,00 (quarenta reais)
Redução do horário de refeição e descanso para 30 minutos

"A direção do sindicato estará colocando a proposta patronal em assembleia para ser apreciada pelos trabalhadores. Porém, entende que as propostas apresentadas na reuniao nao contemplam as necessidades dos operários sem contar que a proposta retira direitos dos trabalhadores", afirmou Jéser Cardoso - presidente da entidade.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Setor calçadista retoma crescimento e atinge recorde de vendas em 2010


No ano, foram comercializados 744 milhões de pares de calçados.
38ª feira internacional do setor de calçados e couro teve início nesta 2ª, dia 17 de janeiro.


Anay Cury
Do G1, em São Paulo

Nem a desvalorização cambial, nem a concorrência asiática, impediram a recuperação do setor calçadista brasileiro no ano passado: impulsionadas pelo aquecido mercado interno, as vendas de sapatos registraram em 2010 o melhor resultado da década, e contribuíram para a retomada do crescimento do ramo, segundo levantamento das associações que representam as indústrias e o varejo.
Ao longo do ano passado, o comércio brasileiro vendeu 744 milhões de pares de calçados, um crescimento de 6% em relação a 2009, quando 702 milhões foram comercializados. Em 2008, ano marcado pela crise financeira mundial, o consumo subiu, mas em menor proporção: 3%, com 669 milhões de pares vendidos. Em 2010, em termos de valores, o setor contabilizou a venda de R$ 37,7 bilhões, contra R$ 33,5 bilhões em 2009 – avanço de 12,5%.
Os números fechados de 2010 pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e pela Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac) devem ser apresentados nesta semana, em São Paulo, durante a 38ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda).
Contribuiu para esse resultado a expansão do crédito e da renda dos consumidores, que passaram a comprar produtos de maior qualidade e mais caros, segundo o presidente do evento e diretor da Abicalçados, Francisco Santos. De 2009 para 2010, o preço médio dos pares de sapato passou de R$ 47,72 para R$ 50,68 - aumento de 6,2%.
“A cadeia produtiva do país está sofisticada, e os calçados, por conta da concorrência, estão com mais valor agregado e sendo vendidos a preços mais competitivos do que no passado. Isso é um estímulo para os consumidores, que têm contado com maior poder aquisitivo e comprado mais sapatos do que em anos anteriores”, afirmou Ana Caroline Fernandes Nonato, do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA).
A penetração de marcas populares também tem impulsionado as vendas no mercado interno. “O acesso ao consumo proporcionado pelo boom econômico abre um novo leque de clientes em todas as faixas sociais. Essas marcas mais populares permitem que as pessoas comprem dois ou mais pares em vez de um só, por exemplo”, disse Santos. No país, o consumo per capita por ano é de cerca de quatro calçados, segundo dados do Censo de 2010.
“O setor calçadista entendeu as mudanças de comportamento dos consumidores, mudou sua cadeia de produção e o próprio varejo também mudou. O sapato passou de um item básico para um item de moda. Muitos trocam de sapato conforme as coleções mudam”, afirmou Heloisa Onine, professora da pós-graduação em Comunicação com mercado, da ESPM.
Made in Brazil
O desempenho positivo verificado no mercado interno também se repetiu nas exportações, que tentam retornar ao nível pré-crise, tendo ainda de enfrentar a concorrência dos produtos asiáticos e a desvalorização do dólar, que torna as importações mais vantajosas.
As estimativas do setor apontam que, em 2010, foram exportados perto de 140 milhões de pares de calçados, movimentando cerca de US$ 1,4 bilhão. Em 2007, os negócios somaram US$ 1,9 bilhão. Nos anos seguintes, a queda se manteve. Em 2008, as vendas chegaram a US$ 1,8 bilhão e, em 2009, caíram para US$ 1,3 bilhão.
“O setor está saudável, mas estamos atentos à condução política do país neste início de ano. Temos de esperar do governo medidas que melhorem e devolvam nossa competitividade no mercado internacional, além de uma política tributária mais equilibrada e da resolução dos gargalos de infraestrutura e logística que fazem parte do Custo Brasil”, disse. A capacidade de produção da cadeia brasileira é de 1 bilhão de pares por ano.
Para o diretor da Abicalçados, a política antidumping adotada pelo governo para inibir a importação de itens chineses ajudaram o setor calçadista. No entanto, a proposta dos fabricantes para este ano é propor que as medidas sejam ampliadas para outros países, como Vietnã, Malásia e Indonésia.
Entre os mercados importadores dos produtos nacionais estão Estados Unidos, que lideram as compras, seguido por Argentina, Reino Unido e Itália. Neste ano, do total de 860 milhões de pares produzidos, perto de 140 milhões foram exportados.
Criação de empregos
O recorde de vendas se traduz em recuperação da criação de vagas de trabalho no país. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, de janeiro a novembro de 2010 – os dados referentes a dezembro ainda não foram divulgados – o saldo de postos de trabalho no setor de calçados é de 51.098. Em 2009, foi de apenas 13.387 e, em 2008, ficou negativo em 8.703.
Além do Rio Grande do Sul e da cidade de Franca, no interior de São Paulo, que concentram a produção de calçados do país, têm ganhado destaque no mercado, segundo Santos, estados do Nordeste, como Ceará, Bahia e Pernambuco. Atualmente, há 20 estados produtores de sapatos.
Mais procura, mais qualidade
A tendência do mercado, na opinião de especialistas, é que sejam mantidos, neste ano e nos próximos, o aumento da demanda, da competitividade e, consequentemente, da qualidade dos produtos à venda nos mercados interno e externo.
“O setor deverá se manter assim, como está hoje. Os consumidores estão seguros de que não deverá haver nenhuma grande mudança no país, por conta do novo governo, e otimistas. Só é preciso atenção ao endividamento”, disse Ana Caroline, do Provar.
Feira
De 17 a 20 de janeiro, será realizada a 38ª edição da Couromoda no Pavilhão do Anhembi (zona norte da capital). O evento reunirá cerca de 1.000 empresas expositoras para apresentar as coleções outono-inverno de aproximadamente 2.000 marcas. As empresas participantes da feira representam 13 estados e respondem por 90% da produção brasileira do setor.

Mantega anuncia que salário mínimo será de R$ 545 a partir de fevereiro

Proposta anterior era de salário mínimo de R$ 540.
Medida Provisória deverá estabelecer política nacional para o mínimo.


Alexandro Martello Do G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta sexta-feira (14) que o governo defenderá um novo valor para o salário mínimo neste ano. Segundo ele, ao invés de R$ 540, conforme o governo vinha determinando até o momento, o Executivo defenderá uma correção do salário mínimo para R$ 545, mas a partir de fevereiro deste ano, com pagamento em março. Deste modo, os trabalhadores receberão R$ 540 em fevereiro (relativos ao mês anterior), e R$ 5 a mais no mês de março. O valor precisa ser aprovado pelo Congresso.
"O salário mínimo vai ficar em R$ 545. Vamos fazer modificação na correção que foi feita. Projetamos uma inflação para poder fazer o decreto [que reajustou o salário mínimo para R$ 540], mas a inflação foi maior. Vamos fazer uma correção, substituindo dezembro estimado por dezembro realizado. Iria para R$ 543, mas, arredondando, vai para R$ 545", declarou ele, bricando que, assim, não haveria problemas de sacar os valores nos caixas eletrônicos. "Arredondamos [de R$ 543] para R$ 545 para dar uma colher de chá para o trabalhador"
O ministro da Fazenda acrescentou ainda que o governo vai editar uma nova Medida Provisória para estabelecer uma política nacional para o salário mínimo entre 2011 e 2015. Entretanto, a fórmula atual, que prevê a correção pelo crescimento do PIB e da inflação, será mantida, disse ele.
"Isso é uma conquista dos trabalhadores, que foi negociada com os sindicatos. Não é novidade. É melhor para todos trabalhadores termos uma política que gere reajustes. O próximo aumento [de 2012] será de 13% a 14%. A partir do próximo ano, o aumento será substancial", afirmou o ministro, que participou nesta sexta-feira da primeira reunião ministerial do governo Dilma Rousseff.
Com a correção maior do salário mínimo, o governo também elevará os gastos públicos neste ano. Isso porque, de acordo com dados do Ministério do Planejamento, cada R$ 1 de reajuste representa quase R$ 300 milhões a mais em gastos por conta do pagamento de benefícios previdenciários. Deste modo, o aumento em R$ 5 no salário mínimo deverá ter um impacto de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão nas contas públicas em 2011.

Governo Dilma estuda fórmula para elevar salário mínimo a R$ 560


A equipe técnica do governo Dilma retomou a proposta de antecipar parte do reajuste previsto para o salário mínimo em janeiro de 2012, para elevar o valor definido pelo governo para R$ 560 ainda neste ano. Se for aceito pela área política, o estudo — que será levado semana que vem à presidente Dilma Rousseff — já vai fixar também o piso de 2012 em R$ 616.

Sem a antecipação, o valor do mínimo em 2012 ficará próximo de R$ 636. A ideia é estabelecer essas mudanças num novo texto substitutivo à Medida Provisória (MP) que estipula o piso em R$ 540 a partir de janeiro de 2010. O salário mínimo de R$ 560 para este ano já havia sido negociado com as centrais sindicais em dezembro, durante as discussões e a votação do Orçamento, mas não evoluiu.

“Se quiserem arrancar aumento será na forma de antecipação”, disse um técnico do governo envolvido nos estudos. Como contrapartida, seria fixado já de antemão o aumento do mínimo de 2012 (já descontada a antecipação) até 2023, sempre pelo critério da inflação do ano anterior mais o PIB de dois anos antes — como já está no projeto que tramita na Câmara, enviado pelo Executivo em 2007.

O substitutivo à MP com as regras para o reajuste seria restrito ao piso, deixando de fora os beneficiários do INSS que ganham mais que o mínimo. “A ideia é aproveitar o momento e resolver o problema de vez. Todo ano, é preciso mandar uma MP para o Congresso e o governo acaba virando refém das centrais e do próprio Congresso”, explicou o técnico.

Caso a proposta tenha êxito, o mínimo para este ano será de R$ 560 — e em 2012, de R$ 616 (já descontada a antecipação). Pelo critério que vem sendo usado, o aumento do piso em 2012 seria em torno de 13,5%. Este percentual considera uma projeção de crescimento do PIB consolidado em 2010 entre 7% e 8% e uma inflação de 5,5%.

Manifesto

Na quarta-feira da semana passada, as centrais sindicais entregaram ao ministro Luiz Sérgio, das Relações Institucionais, um manifesto em que reclamam da falta de negociação em torno do valor do salário mínimo e pedem uma audiência com Dilma para discutir o reajuste. O documento, reafirmando que o valor do mínimo seja fixado em R$ 580 , foi definido na terça (11) após reunião das seis centrais, em São Paulo.

Além do aumento para o piso nacional, os sindicalistas pedem que o governo reajuste em 10% os benefícios dos aposentados e pensionistas que recebem valor acima do salário mínimo e a correção “pelo menos equivalente à inflação” da tabela do Imposto de Renda. De acordo com as centrais, se não houver correção na tabela, as conquistas salariais obtidas em 2010 podem ser anuladas.

Com agências

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cesta básica tem alta acima dos 10%

A cesta básica registrou, em 2010, aumento acima dos 10% em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As maiores elevações foram apuradas em Goiânia (22,9%), Recife (19,96%) e Natal (18,14%). Aracaju (3,96%), Brasília (5,15%) e Porto Alegre (6,13%) são as localidades com as menores variações.
Em dezembro, os produtos que compõem a cesta básica tiveram queda em oito capitais, enquanto que em outras nove o valor aumentou. A capital do Rio Grande do Norte, Natal, lidera o ranking do mês, com alta de 6,78%.
Em Salvador, a cesta básica teve queda de 4,24% em dezembro. Na capital baiana, os alimentos essenciais somaram R$ 201,70, ou seja, 42,99% do salário mínimo líquido. A jornada de trabalho necessária para um trabalhador que ganha salário mínimo foi de 87 horas.

Fonte: O Bancário

Salário mínimo ideal seria de R$ 2.227,53

O valor mínimo necessário para o trabalhador cobrir todas as despesas básicas em dezembro do ano passado é de R$ 2.227,53. As informações do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) foram divulgadas nesta terça-feira (11/01).
O estudo, feito todos os meses, leva em consideração o gasto familiar de acordo com as necessidades básicas, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.

Centrais debaterão salário mínimo e 1º de maio nesta terça-feira


As seis centrais sindicais reconhecidas pelo governo federal (CTB, CUT, Força, CGTB, UGT e Nova Central) irão se reunir nesta terça-feira (11), em São Paulo, para tratar do reajusta do Salário Mínimo e dos preparativos para a festa do Dia 1º de Maio.

A reunião do Fórum das Centrais será realizada na sede da UGT. Os representantes das seis centrais irão discutir inicialmente qual será a melhor forma de negociar com o governo federal um novo reajuste para o Salário Mínimo. A CTB e as demais centrais defendem R$ 580,00 para este ano, enquanto a Medida Provisória 516/10 definiu o valor de R$ 540,00.

Para a CTB, será fundamental definir uma estratégia para que o Congresso Nacional barre a MP em questão. Estudos do Dieese demonstram que 47 milhões de pessoas são diretamente beneficiadas pelo aumento do salário mínimo, com a vantagem adicional de fortalecer o mercado interno – uma das âncoras essenciais para o crescimento sustentado da economia. “Ressuscitar a desmoralizada tese de que os salários deterioram as contas públicas não fez parte do programa com o qual a presidente Dilma Rousseff foi eleita”, lembrou o presidente da CTB, Wagner Gomes, em nota oficial divulgada na semana passada.

1º de Maio

A CTB também lutará para que as comemorações do Dia do Trabalhador em 2011 reúnam as seis centrais sindicais, num grande ato que demonstre a unidade da classe trabalhadora.

Até o momento, cinco delas (CTB, Força, UGT, CGTB e Nova Central) já definiram que farão um ato único no 1º de Maio deste ano. A reunião desta terça-feira será mais uma oportunidade na qual se discutirá se a CUT também se somará às demais centrais.

Da redação do Portal CTB

Para Wagner Gomes, 2011 será o ano para consolidar a Agenda da Conclat


O ano de 2010 se encerra tendo como grande marco da luta sindical a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Para Wagner Gomes, presidente da CTB, em 2011 as centrais terão que se mobilizar para que a Agenda da Conclat seja consolidada, em prol da construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil.
“Teremos que dar ampla divulgação ao longo de todo o ano de 2011 para o documento aprovado na Conclat. Ele é fruto de um grande processo de unidade entre as centrais e deve ser discutido em cada um dos estados brasileiros, em cada sindicato, em cada federação”, disse o presidente da CTB.
Nesta entrevista, Wagner Gomes avalia 2010 como um ano de grandes conquistas para a CTB, que completou em dezembro seu terceiro aniversário. No entanto, o dirigente não se furtou de apontar os problemas que deverão ser enfrentados pela Central em 2011.
Leia abaixo a entrevista:
Que avaliação você faz do ano de 2010 para a CTB?
Temos que ser equilibrados e evitar ufanismos ao fazer esse tipo de avaliação. Entendo que foi um ano muito positivo para a CTB. Chegamos ao final de 2010 com a terceira posição consolidada entre as centrais sindicais com maior representatividade – isso é algo muito grandioso para uma entidade com apenas três anos de vida.
Chegamos ao final do ano e constatamos que a CTB está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Iniciaremos 2011 com perspectivas de crescimento em nossa base e pretendemos continuar protagonizando algumas das principais lutas da classe trabalhadora.
Nesse contexto, pensando em uma espécie de balanço de 2010, que dimensão você dá para a realização da Conclat?
A Conclat sem sombra de dúvida foi o grande marco do movimento sindical brasileiro em 2010. A unidade demonstrada pelas cinco centrais que organizaram a Conferência foi fundamental para o seu sucesso. Passados alguns meses de sua realização, é possível perceber que muitos frutos ainda serão colhidos como resultado da Conclat.
A Agenda da Classe Trabalhadora (documento aprovado durante a Conclat) deve ser a referência das centrais sindicais daqui por diante. A classe trabalhadora fez história no 1º de junho, ao se reunir no Pacaembu. Ela reafirmou a necessidade de ser protagonista das mudanças políticas necessárias para o desenvolvimento do Brasil. A eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da Republica já foi uma mostra do que os trabalhadores podem fazer quando se unem por um objetivo bem definido.
A eleição de Dilma pode ser considerada também como uma vitória das centrais e do movimento sindical em geral?
Sem sombra de dúvida. Apesar de toda a popularidade do presidente Lula, não é exagero dizer que a eleição de Dilma esteve em risco na transição do primeiro para o segundo turno. Foi aí que colocamos definitivamente em prática uma resolução tomada desde antes da Conclat: participar ativamente do processo eleitoral, e não somente indicar o voto em determinado candidato.
Com a Agenda da Classe Trabalhadora em mãos, desde o primeiro turno vimos que a opção por Dilma seria a mais adequada, seria a única capaz de dar continuidade e aprofundar as mudanças iniciadas no governo Lula. Não medimos esforços para conseguir votos, entramos em todos os debates para demonstrar o retrocesso que significaria a eleição de José Serra e demos nossa contribuição. Por tudo isso creio que foi, sim, também uma vitória das centrais e do movimento sindical brasileiro como um todo.
Aos completar seu terceiro aniversário, que aspectos de sua estrutura e organização a CTB ainda precisa aprimorar?
O balanço que fizemos de 2010 é positivo, mas é obvio que isso não nos impede de uma auto-avaliação critica, construtiva, que permita à CTB continuar crescendo e alcançar novos patamares no futuro. Um ponto que merece maior atenção é a estrutura da CTB em cada um dos estados. Precisamos de uma interação maior e vamos trabalhar por isso em 2011.
Outro ponto que merece atenção é o fato de a CTB ainda ser uma entidade muito urbana. Temos que nos aproximar mais e dialogar mais com o sindicalismo rural, setor de extrema importância para o desenvolvimento do Brasil. Creio também que a relação da CTB com os movimentos sindicais é boa e próxima, mas pode se tornar mais rica. Por fim, entendo que a CTB precisa se tornar mais presente e mais conhecida junto aos sindicatos de todo o país, ser uma entidade mais presente à vida dos trabalhadores.
Que políticas serão priorizadas pela CTB durante 2011?
Certamente vamos seguir nossas lutas com base no conteúdo da Agenda da Conclat. Dessa forma, a questão da política de valorização do salário mínimo será uma batalha que enfrentaremos com vigor, assim como iremos retomar os esforços pela alteração na Constituição que reduza a jornada de trabalho no Brasil para 40 horas semanais, sem redução de salário.
A extinção do fator previdenciário será uma pauta que certamente a CTB e as demais centrais levarão à nova presidente. Algo que também iremos valorizar muito em 2011 é a questão da formação sindical. Trata-se de um tipo de ação que se traduzirá, no futuro, em resultados muito positivos para a CTB. Como complemento aah pergunta anterior, também faremos esforços significativos para conquistarmos avanços na luta pela reforma agrária e na valorização da agricultura familiar.
Você mencionou a Agenda da Conclat como o grande marco de 2010. De que modo as centrais podem tornar seu conteúdo mais acessível aos trabalhadores?
Isso é algo que cada uma das centrais participantes da Conclat terá que se empenhar muito durante este ano que se inicia. Teremos que dar ampla divulgação ao longo de todo o ano de 2011 para o documento aprovado na Conclat. Ele é fruto de um grande processo de unidade entre as centrais e deve ser discutido em cada um dos estados brasileiros, em cada sindicato, em cada federação.
Certamente o nosso esforço por um 1º de Maio unificado se traduzirá em uma grande demonstração da unidade que buscamos e conseguimos colocar em prática durante o governo Lula. Precisamos levar o conteúdo da Agenda da Conclat ao maior número de trabalhadores possível. Somente dessa forma conseguiremos que eles sejam os protagonistas das mudanças que o Brasil ainda precisa.

Fonte: Portal CTB

Para Lupi, Congresso é soberano para decidir sobre reajuste do salário mínimo


O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (10) que o Congresso Nacional é que vai definir o valor do salário mínimo. Segundo ele, os parlamentares vão discutir a proposta de R$ 540 para o piso nacional e, se alterarem, o governo acatará a decisão. “O Congresso é soberano”, disse Lupi em entrevista coletiva durante evento na capital paulista. “O que o Congresso definir nós todos teremos que aceitar, porque é o Congresso que decide.”.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia dito que qualquer aumento na proposta de R$ 540 seria vetado. Lupi, entretanto, ratificou que a discussão sobre o salário mínimo está aberta. “A política é uma casa de diálogo. O governo apresentou sua proposta, mas o Congresso tem competência para discuti-la e fazer emendas”.
O ministro mesmo disse que defendeu um reajuste maior. Lupi afirmou que, para ele, o piso deveria ser de R$ 560, porém disse que sua proposta foi vencida nas discussões internas do governo federal. “Eu tinha um projeto de se chegar a R$ 560, mas fui vencido. O governo decidiu por R$ 540 e eu, como sou membro do governo, tenho que acatar a vontade da maioria.”
No mesmo evento, durante a inauguração do Núcleo de Informação e Apoio aos Trabalhadores Brasileiros Retornados do Exterior, no bairro da Liberdade, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, disse que apresentará uma emenda à medida provisória que reajustou o salário mínimo. A finalidade é alcançar os R$ 580. Presidente da Força Sindical e do mesmo partido de Lupi, Paulinho acredita que o salário mínimo vai ser alterado. “Vai aumentar com certeza, afirmou o deputado.”
Na semana passada, a CTB publicou uma nota oficial na qual reafirma sua posição de lutar para que o salário mínimo seja reajustado para R$ 580,00. Nesta terça-feira, o Fórum das Centrais vai se reunir para tratar desse e de outros assuntos.

Com informações da Agência Brasil

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Agenda da Campanha Salarial


A diretoria do Sintratec informa que estará realizando varias manifestações nas fábricas Trifil, Penalty, Malwee e Grendene, com objetivo de mobilizar os trabalhadores em torno das reivindicações da categoria.

Reuniões de Negociações:

Trifil - dia 13/01
Malwee - dia 17/01
Penalty - dia 20/01

SINTRATEC inicia a Campanha Salarial dos Trabalhadores Têxteis e Calçadistas



Aconteceu na tarde do dia 10/01/2011, o ato de lançamento da campanha salarial dos trabalhadores têxteis e calçadistas do sul e extremo sul da Bahia, com manifestação do Sintratec em frente à fábrica da Trifil em Itabuna.
Durante a manifestação os dirigentes sindicais convocaram os trabalhadores para participar efetivamente da luta pela valorização do piso salarial da categoria, melhorias das condições de trabalho e a busca por mais direitos.
"Está na hora das empresas valorizarem de fato os trabalhadores. A Trifil, Penalty, Malwee e Grendene que vieram do sul e sudeste do país, recebendo vários incentivos, tais como isenções de impostos, doações de terrenos e infra-estrutura, têm o dever de tratar melhor os operários e operárias de nossa região", denuncia Jeser Cardoso, presidente do Sintratec.
Ao contrario de outras regiões do pais, que pagam salários bem superiores aos praticados em nossa região, essas fábricas queriam perpetuar a política de baixos salários. Com a fundação do Sintratec e as constantes lutas do sindicato ao longo desses 11 anos, os rendimentos dos trabalhadores têm melhorado a cada campanha salarial.
"Para esta campanha não será diferente. Com apoio e a mobilização dos operários e operárias, estaremos lutando pela melhoria substancial nos salários e pela ampliação e consolidação dos direitos. Portanto vamos entrar nesta luta para impulsionar o patronato a valorizar a nossa mão-de-obra, finaliza Jéser Cardoso.

Inflação oficial é a maior desde 2004

O governo federal confirmou no dia 7/1, o que os brasileiros já estavam sentindo no bolso: a inflação voltou a subir em 2010. Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou o ano em 5,91%, a maior taxa desde 2004.
Os preços dos alimentos, que subiu 10,39% em média, foi o principal responsável pelo crescimento do índice, que foi bem superior á meta estabelecida pelo governo, que era de 4,5% para o ano.

O IBGE também divulgou o Ìndice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do ano de 2010 que ficou em 6,47%

Salário Minimo no Brasil é o menor da América Latina

O poder de compra do salário mínimo no Brasil é um dos piores da América Latina. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) o país ocupa o 16º lugar na lista de 24 países latino-americanos, com poder aquisitivo equivalente a R$ 483. O estudo teve como base o ano de 2009. Em pesquisa com números de 2007, o Brasil ocupava o 11º lugar entre 14 países do continente.
O valor do mínimo no Brasil é inferior aos de Honduras, Paraguai e El Salvador. Em relação ao Peru, é maior (R$ 360), mas os bens e serviços neste país são geralmente mais baratos, apresentando um poder de compra superior ao brasileiro.
Em 2010, o governo reajustou o valor do mínimo de R$ 510 para R$ 540. A variação foi de 5,9%, com taxa menor que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que foi de 6,46%. Há um ciclo recente de aumento do poder de compra dos brasileiros, porém, se o Congresso Nacional mantiver este valor, o crescimento será interrompido.
Estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), confirmam que o aumento, além de fortalecer o mercado interno do país, beneficia diretamente 47 milhões de pessoas.
O movimento sindical da Bahia, a CTB e outras centrais sindicais defendem um reajuste para R$ 580, garantindo assim aos trabalhadores, a manutenção das suas necessidades básicas.

Fonte: www.bancariosbahia.org.br

Crise financeira reduziu à metade o crescimento de salários no mundo até 2009, diz OIT

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A crise econômica e financeira global reduziu à metade o crescimento mundial de salários em 2008 e 2009. No caso do Brasil, o desempenho foi considerado positivo pois mostrou aumentos salariais reais de 3,4% em 2008, e 3,3% em 2009.
De acordo com especialistas, há uma tendência de aumentar o número de trabalhadores que recebem baixos salários no mundo. No caso brasileiro, as negociações do valor do mínimo indicam que o salário ficará em torno de R$ 540 a R$ 550. A crise financeira internacional se deflagrou em setembro de 2008, com a quebra do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers.
A conclusão sobre a situação dos salários no mundo está no estudo Relatório Mundial Sobre Salários 2010/2011 – Políticas Salariais em Tempos de Crise, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Foram analisados dados de 115 países avaliando a situação de 94% dos cerca de 1,4 milhão de trabalhadores assalariados no mundo.
Pelo estudo, um em cada cinco trabalhadores assalariados no Brasil – considerando as seis regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE) – está na faixa de baixa renda. Os casos considerados mais relevantes envolvem mulheres, negros, jovens e trabalhadores com baixo nível de escolaridade.
A pesquisa mostrou ainda que há pouca mobilidade entre os trabalhadores de baixa renda e os demais assalariados. De 2002 a 2009, 44,2% mantiveram-se na mesma situação, apenas 37,5% passaram a obter salários mais favoráveis, enquanto 18,3% ficaram desempregados ou saíram do mercado de trabalho.
De acordo com a OIT, metade dos países analisados reajustaram o valor do salário mínimo adotado em cada região. O crescimento médio do valor dos salários mensais caiu de 2,8%, em 2007 (antes do início da crise econômica global), para 1,5% em 2008 e 1,6%, em 2009. Quando se exclui a China desse rol de países, a constatação é de que o crescimento de salários mensais ficou ainda mais baixo: 0,8%, em 2008 e 0,7%, em 2009.
A pesquisa mostra que houve em 12 de 28 economias mais industrializadas uma redução do nível de salário real em 2008, incluindo a Alemanha, Austrália, os Estados Unidos, a Itália, o Japão, México e a Coreia do Sul. Em 2009, esta tendência se repetiu na Alemanha, na França, na Inglaterra, no Japão, no México, na Coreia do Sul e na Rússia.
Edição: Lana Cristina

Chico Lopes aponta chances reais de novo mínimo superar R$ 540

"Acreditamos na possibilidade de conquistar um melhor reajuste do salário mínimo, com valor acima de R$ 540,00, e estamos lutando para isso". A afirmação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), que avalia como positivas as chances de o novo mínimo ir além do valor inicialmente definido pela equipe econômica do Governo Federal.
Para Lopes, o debate político no Congresso Nacional pode ajudar a conquistar um reajuste superior, beneficiando trabalhadores e aposentados de todo o Brasil "É possível convencer o governo de que o valor deve ser maior do que os R$540,00 propostos", ressalta Lopes, levantando a possibilidade de um valor intermediário, entre o pretendido pelo governo e os R$580,00 defendidos pelas centrais sindicais Segundo Chico Lopes, o debate sobre o salário mínimo já está contaminado pela disputa política em torno da presidência da Câmara dos Deputados e da nomeação do segundo escalão do Governo Federal.
Mas, na opinião dele, isso vai ajudar na correlação de forças entre os deputados que querem aumentar o valor do salário mínimo e o governo, que já acena com a reabertura das negociações depois do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter prometido vetar qualquer valor superior a R$ 540,00 para o novo mínimo. Lopes enfatiza que o salário mínimo, durante o Governo Lula, se tornou uma importante ferramenta de distribuição de renda e estímulo ao desenvolvimento econômico do País.
"A economia encontrou justamente no mercado interno, com a ajuda dos aumentos reais do salário mínimo, o motor para não cair nas dificuldades que abalaram outros países, durante a crise econômica internacional", aponta. "O Brasil vive dias de otimismo e tem uma máquina pública saneada, em condições de absorver um reajuste maior para o salário mínimo", defende.
"O mercado também será favorecido, com o valor ajudando a movimentar a economia. E o saldo positivo fica para os trabalhadores e aposentados, que ganharão melhores condições e mais qualidade de vida".

Participação sindical
Lopes critica o fato de as centrais sindicais não terem participado do debate sobre o valor do salário mínimo aprovado no Orçamento da União, como vinha acontecendo nos anos anteriores.
“Eu acredito que a discussão do salário mínimo deve ser reaberta, até porque a relatora (senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) não conseguiu convencer os membros da Comissão de Orçamento do parecer dela que aprovou os R$540,00”, afirma, enfatizando que “as centrais sindicais, que sempre participaram da discussão, não discutiram”.
Ele diz ainda que embora defendesse, junto com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o salário mínimo de R$580,00, sabia que haveria chances de não ser nem R$540,00 e nem R$580,00. “Eu defendo um aumento de conciliação”, diz, fazendo referência ao valor de R$550,00, que surgiu no debate dos últimos dias. "É importante a mobilização de toda a sociedade neste momento, para buscarmos o melhor para o povo e o País".

Fonte: www.vermelho.org.br

Capitalismo: o que é isso?

As duas referências mais importantes para a compreensão do mundo contemporâneo são o capitalismo e o imperialismo.
A natureza das sociedades contemporâneas é capitalista. Estão assentadas na separação entre o capital e a força de trabalho, com aquela explorando a esta, para a acumulação de capital. Isto é, os trabalhadores dispõem apenas de sua capacidade de trabalho, produzir riqueza, sem os meios para poder materializa-la. Tem assim que se submeter a vender sua força de trabalho aos que possuem esses meios – os capitalistas -, que podem viver explorando o trabalho alheio e enriquecendo-se com essa exploração.
Para que fosse possível, o capitalismo precisou que os meios de produção –na sua origem, basicamente a terra – e a força de trabalho, pudessem sem compradas e vendidas. Daí a luta inicial pela transformação da terra em mercadoria, livrando-a do tipo de propriedade feudal. E o fim da escravidão, para que a força de trabalho pudesse ser comprada. Foram essas condições iniciais – junto com a exploração das colônias – que constituíram o chamado processo de
acumulação originaria do capitalismo, que gerou as condições que tornaram possível sua existência e sua multiplicação a partir do processo de acumulação de capital.
O capitalismo busca a produção e a comercialização de riquezas orientada pelo lucro e não pela necessidade das pessoas. Isto é, o capitalista dirige seus investimentos não conforme o que as pessoas precisam, o que falta na sociedade, mas pela busca do que dá mais lucro.
O capitalista remunera o trabalhador pelo que ele precisa para sobreviver – o mínimo indispensável à sobrevivência -, mas retira da sua força de trabalho o que ele consegue, isto é, conforme sua produtividade, que não está relacionada com o salário pago, que atende àquele critério da reprodução simples da força de trabalho, para que o trabalhador continue em condições de produzir riqueza para o capitalista. Vai se acumulando assim um montante de riquezas não remuneradas pelo capitalista ao trabalhador – que Marx chama de mais valia ou mais valor – e que vai permitindo ao capitalista acumular riquezas – sob a forma de dinheiro ou de terras ou de fábricas ou sob outra forma que lhe permite acumular cada vez mais capital -, enquanto o trabalhador – que produz todas as riquezas que existem – apenas sobrevive.
O capitalista acumula riqueza pelo que o trabalhador produz e não é remunerado. Ela vem por tanto do gasto no pagamento de salários, que traz embutida a mais valia. Mas o capitalista, para produzir riquezas, tem que investir também em outros itens, como fábricas, máquinas,
tecnologia entre outros. Este gasto tende a aumentar cada vez mais proporcionalmente ao que ele gasta em salários, pelo peso que as máquinas e tecnologias vão adquirindo cada vez mais, até para poder produzir em escala cada vez mais ampla e diminuir relativamente o
custo de cada produto. Assim, o capitalista ganha na massa de produtos, porque em cada mercadoria produzida há sempre proporcionalmente menos peso da força de trabalho e, por tanto, da mais valia - que é o que lhe permite acumular capital.
Por isso o capitalista está sempre buscando ampliar sua produção, para ganhar na competição, pela escala de produção e porque ganha na massa de mercadorias produzidas. Dai vem o caráter sempre expansivo do capitalismo, seu dinamismo, mobilizado pela busca incessante de
lucros.
Mas essa tendência expansiva do capitalismo não é linear, porque o que é produzido precisa ser consumido para que o capitalista receba mais dinheiro e possa reinvestir uma parte, consumir outra, e dar sequencia ao processo de acumulação de capital. Porém, como remunera os
trabalhadores pelo mínimo indispensável à sobrevivência, a produção tende a expandir-se mais do que a capacidade de consumo da sociedade – concentrada nas camadas mais ricas, insuficiente para dar conta do ritmo de expansão da produção.
Por isso o capitalismo tem nas crises – de superprodução ou de subconsumo, como se queira chamá-las – um mecanismo essencial. O desequilíbrio entre a oferta e a procura é a expressão, na superfície, das contradições profundas do capitalismo, da sua incapacidade de gerar demanda correspondente à expansão da oferta.
As crises revelam a essência da irracionalidade do capitalismo: porque há excesso de produção ou falta de consumo, se destroem mercadorias e empregos, se fecham empresas, agudizando os problemas. Até que o mercado “se depura”, derrotando os que competiam em piores condições – tanto empresas, como trabalhadores – e se retoma o ciclo expansivo, mesmo se de um patamar mais baixo, até que se reproduzam as contradições e se chegue a uma nova crise.
Esses mecanismos ajudam a entender o outro fenômeno central de referência no mundo contemporâneo – o imperialismo – que abordaremos em um próximo texto.

Postado por Emir Sader às 03:10
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