quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Campanha salarial movimenta fábricas no Sul e Extremo Sul


Leandro e Jéser estão à frente da campanha salarial da categoria
O Sintratec (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Têxteis e Calçadistas do Sul e Extremo Sul da Bahia), que empossa nova diretoria no próximo dia 02 de dezembro, às 18 horas, na sede do Sindicato dos Comerciários, está mobilizado em torno da campanha salarial cuja pauta foi entregue no último 31 de outubro. O presidente da entidade, Jéser Cardozo, que será reconduzido ao cargo, terá como vice Leandro Cerqueira. Eles estiveram na redação do Diário Bahia, para falar sobre o andamento da campanha, que já realiza assembleias e manifestações na porta das indústrias.
Um piso salarial de R$ 930,00 é a principal reivindicação da categoria, que hoje recebe de R$ 565,00 a R$ 595,00 (a depender da fábrica). Além disso, os operários querem receber ticket-alimentação equivalente a 15% do piso salarial, ou seja, em torno de R$ 160,00. “Hoje, apenas a Pênalti paga ticket que varia de 25 a 65 reais, mas o valor é vinculado à produção e nós reivindicamos que todos recebam”, afirma Jéser, lembrando que as indústrias fornecem cestas básicas no valor de aproximadamente R$45,00.
A pauta de reivindicações também inclui plano de saúde e plano dentário para empregados e dependentes; transporte e alimentação no valor irrisório de R$0,01 (hoje é descontado sobre o transporte 6% do salário e sobre a refeição, R$13,00 por mês); Plano de Cargos e Salários (hoje, segundo o sindicato, não há critérios para estabelecer a remuneração ao longo dos anos de trabalho); auxílio-creche no valor de um salário mínimo até o filho completar 14 anos (hoje, após o retorno da licença-maternidade, a mãe recebe durante três meses de R$28,00 a R$45,00).
Até o momento, apenas Pênalti e Malwee mantiveram rodadas para negociar as reivindicações dos trabalhadores. A Trifil, que tem cerca de 2.300 funcionários, ainda não se manifestou oficialmente frente à pauta, o que já levanta uma ameaça de greve. Para o Sintratec, as demissões em massa (foram 200 em outubro, mas a média mensal é de 70) retratam uma postura reprovável da empresa. Daí a expectativa para que se manifeste de forma razoável ao menos perante os funcionários que mantém. “Se a Trifil não se propuser a negociar ou se não oferecer um reajuste que valorize os trabalhadores, pode haver greve sim”, declaram Jéser e Leandro.
O Sintratec representa um universo de 4.500 trabalhadores e a data-base da campanha salarial é 1º de janeiro. Até lá, a previsão do sindicato é de ter chegado a um acordo com todas as fábricas.
Fonte: Diário da Bahia

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