A última reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central em 2010, realizada nesta quarta-feira (8), teve como resultado a manutenção da taxa de juros em 10,75% ao ano. O encontro marcou a derradeira participação do presidente do BC, Henrique Meirelles, no comando da instituição – a partir de 1º de janeiro seu cargo será ocupado por Alexandre Tombini.
A reunião desta quarta-feira também foi a última realizada durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de os juros brasileiros ainda estarem no topo da lista de países com as maiores taxas do mundo, o avanço obtido nos últimos oito anos é inegável.
Aos números: no começo de 2003, Lula assumiu a Presidência com uma taxa de 25%, parte da herança maléfica deixada pelo governo FHC. Ao final dos primeiros quatro anos, a taxa estava em 13,25%. É consenso entre partidos de esquerda, movimentos sociais, centrais sindicais e outras forças progressistas que o avanço poderia ter sido maior, mas a discrepância entre os dados faz com que Dilma Rousseff assuma a Presidência em um patamar muito mais confortável.
Para Wagner Gomes, presidente da CTB, é motivo de comemoração a saída de Meirelles do comando do BC. No entanto, ele esperava que a última reunião do Copom sob o governo Lula pudesse trazer um resultado mais favorável para o povo brasileiro. “O Copom poderia ter entregado à nova presidente um cenário um pouco mais favorável, com uma redução da Selic de ao menos 0,25%”, disse.
O presidente da CTB entende Dilma terá totais condições de enfrentar a questão dos altos juros praticados no Brasil. “Ela foi eleita tendo como mote de campanha a questão do desenvolvimento e com o compromisso do crescimento econômico. Como economista, a presidente eleita vai ter a sensibilidade de adotar políticas que ajudem nesses projetos. A redução da taxa de juros será fundamental para isso”, afirmou Wagner Gomes.
Portal CTB
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